Peguei em mim e fui para o sol.
Aquele sol tímido de primavera que espreita por entre as nuvens.
A melhor hipótese pareceu-me o parque verde. Fui eu e a minha mente.
Estava completamente cheio de famílias, aquelas com a sua estupida felicidade resplandescente na face, nos sorrisos. Pais a tentarem ensinar aos filhos que o escorrega serve para descer e não subir. Filas para os gelados, carrinhos, gritos, choros...
Entretanto, algo que parecia vir de dentro de mim, uma música de saxofone, lento e choroso. Um senhor dentado nos degraus das escadas a tocar, a entrar-me na alma, a fazer-me fugir da falsidade aos montes.
Naquele momento só quis deixar a vida drenar-se completamente do corpo.
Então tudo aquilo me fez pensar, me fez desejar. Quero aprender a andar descalça, quero aprender a comer silvestre, quero aprender a dormir com a luz do dia.
Quero aprender a ser selvagem.
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