sexta-feira, 26 de junho de 2009

As fériazinhas do Porto

Os melhores três dias depois de alguns meses que não conseguem ser descritos assim, por simples palavras ou whatever, só sei que foi muito masculino :D

Deixo umas tantas ou quantas citações que "marcaram" este Porto:

"Estavam eles ali a fazer um paiva..."
"A Daniela tem uma pila no escuro"
"É por estas e por outras que não me importava que houvesse um holocausto nuclear"
"A praça do povedo, não é?" (seria poveiro)

Oh well, tks Lídia, Cata e Patrícia e Inês também pelas suas fantásticas longas descrições sexuais do mundo x)

Dan*

domingo, 21 de junho de 2009

Last Everything on Earth

Eu desisto.

Pergunta básica: há alguma coisa boa que venha sem acarretar a gémea coisa má? Coisas simples, um dia de sol traz felicidade? Não, vem a chuva mais dia, menos dia. Um sorriso traz felicidade? O sorriso não é fixo à face. Uma boa nota traz felicidade? Qual é o objectivo? Um café com amigos, uma tarde bem passada, um jogo, um cigarro, uma bebida, um desporto, um rapaz, uma criança, uma peça de roupa nova, traz felicidade? Não.
O que é que traz felicidade impenetrável? Nada.
Não entendo o que está para trás, o que vem à frente, não há nada que me faça mover. Piadas fazem-me rir, as palavras que eu quero ouvir fazem-me esquecer. Mas para quê, se daqui a uns segundos, uns dias não valeu a pena?

Eu desisto. Desisto de tentar entender as coisas, o porquê de eu me esforçar para nada, o porquê de eu ainda continuar a insistir em coisas que nem sei se quero, a insistir em coisas que provavelmente não querem ser coisas. Parou tudo, o cérebro cansou-se de pensar sem entender, os membros cansaram-se de gesticular cumprimentos inúteis, o sorriso cansou-se de não ser verdadeiro, a dor cansou-se de se esconder, o futuro cansou-se de brincar ao faz de conta. E eu cansei-me de que tudo isto habite em mim e eu, subitamente, sem sentimentos, sem lutas definidas descobri que o meu maior pesadelo acabou de se tornar realidade.

Não há nada para além disto, hoje. Vinte e um dias à deriva, farta de mandar mensagens em garrafas imaginárias, farta de me consolar com as estrelas e de contar à lua (quando a há) os meus segredos.

Hoje volto para a cama, sozinha, sem mensagem de boa noite, sabendo que não há uma de bons dias, sabendo que não virá nem mais uma. Volto para onde vim e lá fico, quieta e sem hipótese de escolha.

E isto, meus amigos, é o que uma única frase é capaz de provocar em alguém.

Dê.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Mando Diao - Sheepdog

Hoje quero lemrar-me única e exclusivamente de uma coisa: Que Saudades, Paredes de Coura...
Esta era a música da publicidade, que passava várias vezes, que eu tanto ouvi lá e quando voltei. A música que me traz recordações, recordações... Paredes de Coura é um mundo à parte e eu QUERO voltar ^^

"I aim the first one who'll dare to stand still
Oh Lord, your tension is making me ill
You've got no friends in your home, you'll got no family stone
You can't go... yeah yeah yeah

Everyone, in every town, on every boat, on every trip, the multi-talented strip
Will gather 'round you with coke and pain
The trees, ain't no doubt about
The seeds, I had no thought about
No, yeah yeah yeah

[Chorus]
Don't know why I can't locate this feeling,that I would rather be with you
It makes no sense, you're crying out loud, that I may love you
This stress is wasting my emotions that I would rather be with you
Don't let them closer to this secret...that I may love you

Take 'em outa west, take 'em outa height, take 'em on a sweet ride
Those little angles are numbered nine
The colored TV once shined on desolation 15
They've got it!!Yeah, yeah yeah!
Bust 'em in the light, bust 'em in the light, BUST 'EM IN THE DAYLIGHT
They ain't worthy being named as thieves
One of the shorties said hi up to the abbot who died
The rebound... yeah yeah yeah

[Chorus]

Now hear the bluebird whistle hymns like "I would rather heal your wounds"
now hear the dark gun punching out that I may love you"


Mood: Not Caring About The Mood.

domingo, 14 de junho de 2009

Useless Lifeform

Sabes aqueles dias em que tudo corre tão bem que parece que nem és tu a vivê-los?
Eu tive um dia desses. Bem, não um dia, mas um bocado de um dia. Eu tinha sonhos, tinha objectivos e tinha a vida perfeita.

Até que um simples ser chegou ao pé de mim e me disse "Ey, lembraste daquela vida perfeita que tinhamos combinado ter juntos? Desculpa, mas não vai acontecer.. Bem, pelo menos não a ti. Eu vou continuar a tê-la, as viagens, a felicidade, a quinta no norte, os filhos e os nomes dos filhos. Tudo, mas não contigo."

Oq é suposto uma pessoa fazer num momento destes? Ficar parada no sítio? Continuar a andar como se nada se tivesse passado? Tentar uma nova vida. Ok, não tenho a hipótese da vida perfeita, mas vou ter uma quase perfeita.
Correu bem, durante uns tempos.. Até que o cérebro volta a funcionar, grita e pede auxílio. Eu vou ver oq éq ele quer e ele simplesmente diz: foste abandonada. Depois de teres encontrado aquela pessoa sem falhas, aquele futuro sem tristeza... Tudo não passou de um conto de fadas.

E eu digo: "ok, eu consigo voltar a criar outro conto de fadas, eu consigo. Eu sou forte."

Até que me apercebo que afinal... Afinal falhei a vida.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

O mau presságio

Há certas coisas que nos causam arrepios, que nos fazem sentir mal, não querer seguir um certo trilho. Há certas lembranças que nos fazem parar num certo momento e o nosso cérebro trabalha muito rápido, nós não nos apercebemos, mas provavelmente ele "reviveu" metade da nossa vida em segundos, tempo suficiente para nos apercebermos que devemos seguir o outro caminho. O outro lado. Há sempre "uma outra" escolha. Essa não, aquela. Essa faz pior, mas esta sabe melhor.
Quando é que realmente nos apercebemos os triliões de caminhos diferentes que as nossas vidas podiam ter tomado?

Sinceramente, não quero saber. Cérebro, eu requesito uma pausa.

Eu quero andar. Como os bebés, um passo de cada vez, com calma, eu vou lá por intuição. É só poisar um pé no chão, depois o outro e depois o outro.
Agora aumenta a dificuldade. Vem o andar mais rápido, o beber um copo de água, comer uma bolacha, correr, sair para a rua, aprender coisas novas, de que cor é o sol de novo? Amarelo. Segue em frente, já consegues saltar, dançar, abraçar, falar fluentemente; já consegues perceber os outros, jogar, ver filmes. E por fim, o mais difícil de todos, sorrir.
Sorrir é algo que eu desconfio que não aprendemos com ninguém, que já vem programado conosco à nascença. É a primeira coisa que um pequeno ser consegue fazer, sorrir e rir. Desde sempre. A nossa raça está desenhada para isso: ser feliz.
Encontrar a felicidade no mais recondito dos cantos, procurá-la por mais escondida que ela esteja, sempre mais e mais e mais, até rebentarmos e os outros rebentarem conosco.

Hoje sou pequenina, sou o novo eu e, no entanto, a mesma. Nasci de novo, novas aprendizagens estão incutidas em mim, eu sei o que fui e o que tenho de ser. E, acima de tudo, não esquecer, os outros são o centro da felicidade, só no meio deles consigo.

Ver, ouvir, falar.
Obrigada milhentas pessoas que passaram pela minha vida, obrigada a umas imensas que ficaram para trás e me ensinaram que nada é eterno, obrigada às que me fizeram escolher um caminho diferente e, muito mais que isso, obrigada às que ainda vejo todos os dias. Pelo menos mais um dia.

Hoje vou ser feliz. Não vou ligar à maldade que vem associada à solidão, não vou ligar ao mau presságio que eu cheiro a rondar-me. Não vou lembar-me disso por agora. Hoje não vou deixar que a noite me assuste, vou encher o peito e berrar-lhe "EU NÃO TENHO MEDO DE TI."

Porque eu sou eu, e o que de mais forte há em mim é a experiência.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Nobody

Roburescência. Qual é o quê da essência de um olhar? O que é que existe que nunca é tão trivial, porque é que uma palavra se despe e emana o cheiro horroroso a divindades? Luz, luz branca que se assemelha à escuridão. Mas qual escuro? Não é preto, é vermelho dos olhos, não confundas o desejo e ador. Não berres quando sabes que todos perderam esse sentido. Não te mexas. O enevoado liberta-se, não dá cor, não se ri de ti nem te conforta. Tu és tu e mais ninguém o pode ver. E não te esqueças: tu nunca foste de ninguém.


Esta dor no peito, este pesar estranho, no entanto, reconhecido. Sei o que é, mas não consigo identificar.

Hoje, nada do que vejo me atrai.

Hoje...

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Highway to Hell!




Dia 3 de Junho, concerto dos AC/DC, anunciado desde à meses, bilhete comprado desde Março.

Foi com bastante alívio que me afastei de Coimbra, fui em direção a uma cidade onde ninguém me conhecia, com um único companheiro de viagem, o qual se revelou o melhor, para ver um dos concertos mais aguardados dos últimos tempos.

19h30 era a hora prevista para o ínicio das outras bandas, pelo que entramos por volta das 20h e tal para ver como estava o ambiente. Deparámo-nos com uma visão deliciosa, uma multidão de gente com o mesmo propósito que nós. Não é todos os dias ^^.

Chegam as 21h30, o público uiva quando Mundo Cão anuncia a última música. As luzes apagam-se, a expectativa paira no ar, ninguém consegue estar quieto nos seus próprios pés. Um ecrã gigante mostra uma animação onde um comboio a vapor é conduzido por um senhor de cornos vermelhor e cauda. O ponteiro da velocidade abana frenéticamente no valor máximo, os carris chiam e soltam faíscas, os passageiros estão apavorados. Duas sexys jovens aparecem, mini-saia, cuecas à mostra, t-shirts reduzidas com "ac dc" escrito. Caminham calmamente até ao senhor das brasas. Há todo um conteúdo erótico durante 1 minuto até que ele é amarrado e mandado para um canto. Elas tentam parar o comboio, agora já só em sutiens. A manete parte-se, o comboio está descontrolado e tudo o que eu consigo ter é a visão da frente do comboio que parece querer saltar do ecrã.
Uma explosão. Fumo.
Não vejo nada.
O fumo desvanece-se e o meu coração salta de excitação ao deparar-se com um comboio no meio do palco!

Delírio total com Rock n' Roll Train!

O concerto continua, até que chega a altura da Hells Bells, o sino gigante que se encontrava desde o início no cimo do palco, desce. E o resto, vê-se no vídeo :P

Também houve solo de guitarra durante cerca de 10 minutos, nos quais eu estava demasiado excitada para filmar, onde ele saltou, correu, se deitou no chão, sem nunca parar de tocar.

E restam-me as melhores memórias dos últimos tempos.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Semaphore

I may as well try semaphore
As words no longer work
This fool was feeling cornered
And he acted like a jerk
He’d tell you he was sorry
If that made good the hurt
It’s too late now for sorry
It’s too late now for words

We survive
Despite our desire to stray
Hell to pay
Thought you knew my desires
Innate it’s not going away
I hope you’re not going away

It’s a question of convenience
How pain, with time, will fade
Surrendered to acceptance
Dark night gives way to day
It was meant to be a gesture
That mark across your face
It’s too late now for sorry
It’s too late now for grace


Bom, acho que é só como me sinto hoje. Logo ao fim da tarde parece que vai haver concerto dos AC/DC \o/
E é isso.